Sereias brincam de atirar pedras na direção da praia,
só para vê-las rolar na areia.
A brisa colorida penetra nos olhos,
mudando a cor de todas as íris.
Arco-íris!
Ao longe, um peixe grande conta suas histórias aos pescadores,
que lhe ouvem incrédulos - "não existem homens de 4 metros!"
A borboleta blue na beira do cais não vê nada disso,
só as listras monocromáticas da sua camisa.
Pés inchados vestindo farrapos seguem em sua direção,
eles pertencem a um mendigo velho e cego,
que lhe dando uma esmola diz:
"está tudo bem!"
domingo, 23 de novembro de 2008
A borboleta e o cronópio
Passava uma lagarta por onde conversavam uma esperança, um fama e um cronópio.
Afastando-se com nojo, a esperança pediu que a matassem.
O fama, pronto a ajudar, correu a pisar na lagarta, como que dançando.
O cronópio, pondo-se entre o fama e a lagarta disse aos outros dois:
- Vocês também já foram sábios chineses!
Calaram-se e deixaram que a lagarta seguisse seu destino.
E acordaram todos borboletas!
(Meu menino grande)
Afastando-se com nojo, a esperança pediu que a matassem.
O fama, pronto a ajudar, correu a pisar na lagarta, como que dançando.
O cronópio, pondo-se entre o fama e a lagarta disse aos outros dois:
- Vocês também já foram sábios chineses!
Calaram-se e deixaram que a lagarta seguisse seu destino.
E acordaram todos borboletas!
(Meu menino grande)
... um cisco no olho é um meio de chorar,
que encontra quem não sente.
É um meio choro!
Quando não se sente o incômodo de sentir,
a dor física é um substituto excelente.
É um(a) me(i) culpa!
E o coração, há tempos pregado em alguma porta
de uma casa muito engraçada, caiu.
Cacos se espalham por todo o chão e alguns atigem o peito.
E às vezes, só às vezes,
os estilhaços no peito batem acelerado,
cortando tudo por dentro,
ou pedaços de coração arrastados pelo vento
acertam um olho que não sente, como um cisco...
(Meu menino grande)
que encontra quem não sente.
É um meio choro!
Quando não se sente o incômodo de sentir,
a dor física é um substituto excelente.
É um(a) me(i) culpa!
E o coração, há tempos pregado em alguma porta
de uma casa muito engraçada, caiu.
Cacos se espalham por todo o chão e alguns atigem o peito.
E às vezes, só às vezes,
os estilhaços no peito batem acelerado,
cortando tudo por dentro,
ou pedaços de coração arrastados pelo vento
acertam um olho que não sente, como um cisco...
(Meu menino grande)
A construção de Mme. Butterfly
Dentro do coração,
entre ecos de Bethânias,
uma pequena borboleta,
estranha no ninho,
se entranha nas horas,
fazendo delas sua casa.
Uma casa sem teto e sem fim,
que é toda porta e janela,
tecida de carinho e afeto
pra ela e pro seu pierrô-arlequim.
E que aumenta no dia-a-dia-a-dia-a-dia...
(Meu menino grande)
entre ecos de Bethânias,
uma pequena borboleta,
estranha no ninho,
se entranha nas horas,
fazendo delas sua casa.
Uma casa sem teto e sem fim,
que é toda porta e janela,
tecida de carinho e afeto
pra ela e pro seu pierrô-arlequim.
E que aumenta no dia-a-dia-a-dia-a-dia...
(Meu menino grande)
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